FUGA EM DO(R) MAIOR / FUGO EN MAJESTA C
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na dobra o poema
se desdobra
e recobra o tema
(essa lua macabra!)
comovidos,
o diabo
e o conhaque!
ébrio e obeso
o poema
sem equilíbrio
sem louvor
ao sistema:
borracha no lombo
manifestante!
no tombo
o verso de pé
quebrado
mantém a espinha
ereta e decreta:
com e sem rima
o poema não foge
(nem sai de cima)
à luta, o poeta
veraz um filho teu
mesmo de luto
sustenta a alma
inquieta.
falde la poemo
malfaldiĝas
kaj reprenas la temon
(ĉi luno makabra!)
kortuŝaj,
la diablo
kaj la konjako!
ebria kaj obeza
la poemo
malekvilibra
senlaŭde
al sistemo:
bastonfrape
sur la dorso
manifestante!
en sia falo
verspiedo
rompatas
vertebrar' tenata
erekte dekretas:
kun kaj sen rim'
la poemo nek fiku
nek fuĝu, jen krim'
al lukto la poeto
verema ĉiu filo
eĉ funebre
l' animon tenas
en malkvieto.
aquecida a palavra o poema reacende
a imagem, polida, já se retempera
o mental pouco apita: do sutil descende
o frescor da poesia instaura a primavera
não sei se fada safada ou duende
não sei se brisa se brasa ou quimera
não sei quem me usa quem musa se prende
nas cordas do verso nas bordas da esfera
se musa me usa já música escorre
os acordes pressinto, consinto e ofereço
o sedento sacio o faminto não morre
a musa me usa: achou o endereço?
o tempo não pára mas também não corre
- a poesia o eterno recria... e adormeço
(esperantigon ribele rifuzas kelkaj poemoj...)