quarta-feira, 17 de agosto de 2016

POETA/ POETO

Resultado de imagem para O que é poesia? Coleção Primeiros Passos

Teu olhar descabelado
verticaliza horizontes
marinhos
sem que as naus despenquem

Tua linguagem desmiolada
subverte ocasos
cálidos
sem que o caos se instale
astros se desabem

Teu ser descompasso
abre-se em espaços
únicos
sem que o tempo vário
deixe de ser vário

e uno!

***********

Via malkombita rigard’
vertikaligas horizontojn
- marajn -
sen faligi navojn

Via freneza lingvaĵo
subirojn disbatas          
- varmajn -
sen kaosa instalo
kaj sen astrojfalo

Via esto sentakta
dehiskas en unikaj
spacoj
spite al temp’ diversa
lasu esti diversa
unuo!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ARTURO CONVIDA: Gabriel Strauss - São João do Rio do Peixe



Rekomendinda!

Recomendo!
PN

domingo, 14 de agosto de 2016

PRAGMATISMO POÉTICO/ POEZIA PRAGMATISMO

    Resultado de imagem para pragmatismo poético

Afeito ao perigo 
me ligo em brincar 
mulheres palavras.
 
Se mulheres brinco 
não brinco em serviço   - palavra! -  
 
Se palavras brinco 
como agora brinco 
só brinco a serviço 
de brincar mulheres -   palavra! - 

 ******************************

Kun emo al danĝer’
ŝategas mi ludi
virinojn kaj vortojn.

Se virinojn ludas
serioze ludas – honorvort’!

Se vortojn mi ludas
kiel nun mi ludas
nur ludas al l’ cel’
ludadi virinojn – honorvort’!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

GANGORRA/ BALANCILO


Resultado de imagem para denso medo

Se denso o medo como tão difuso?
E se a vida se mostra tão deserta?       
E se esse isso aqui assim recluso
For a forca sutil que já me aperta?

E se a mais torta for mesmo a mais certa?
Mais inocente justo quem acuso?
E se a mais boba for a mais esperta?
Quanto mais claro mais fico confuso?

Quanto mais leio menos me esclareço?
Quanto mais rezo mais assombração?
Quanto mais calmo mais me aborreço?

Quanto mais quero mais me digo não!
Quanto mais lembro logo então me esqueço?
Se mais pergunto há menos coração?

 Resultado de imagem para denso medo

Ju pli ja disa despli densa tim’?
Ĉu vivo ja dezerta montras sin?
Ĉu tiu tio tiele en okluzi’
Pendigas min ĝis l’ asfiksi’?

Ĉu la plej torda estos la plej certa?
La plej senkulpa – tiun mi akuzas?
Ĉu la plej stulta estos la plej ruza?
Ĉu tiom klara kiom pli konfuza?

Ju pli mi legas malpli jen mi lerta?
Kiom pli mi preĝas ĉu fantomoj plias?
Ju pli serena do despli ĝenita?

Ju pli volante plie min neante?
Se mi memoras pli forgesas min?
Ĉu plia demand’ malplia kor’ kaj fin’?

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

OBRA ABERTA/ MALFERMA VERK'

Imagem relacionada

Depois de comer e descomer boca seca anos a fio
vim a compreender (e descompreender):
a vida é tumulto vário o complexo é por demais
aranha engolindo pinto barata peru mamando
formiga zoa elefante guerra massacre paz.
Mais tumulto quem não faz a louca voa em vassoura
mas ele o louco varrido numa casa é o amante
na sua faz o marido segue a peça alucinante
ionesco recita brecht maltrapilho e elegante.

Na caminhada sem lápis o poema se completa
veio escrito na testa veio inscrito na veia
escorregou pelo portal escorreu pelas estrelas
no tumulto sideral comeu luz bebeu fagulha
acendeu risco e faísca compreendeu o que vai ser
ficou sem compreender poema tão escondido
encolhido em seu talvez
mais comeu e descomeu
a natureza sem drama pode encerrar com talvez
          poema mesmo escondido namora o alumbramento!

Resultado de imagem para imagens

Manĝinte kaj malmanĝinte seka buŝo jare tro
venis mi al la kompren’ (poste al la malkompren'):
vivo jen tumulto plura komplekso troiga ja
kokidon glut’ arane’ mamsuĉ’ maleagro blat’
formiko elefanton mokas – milit’ masakro pac’.
Plian tumulton ĉu ne fari frenezin’ balailfluganta
balaita frenezul’ en iu dom’ la amanto
en sia edze rolas rolas daŭre halucina
ionesco recitas brecht ĉifonul’ kaj eleganta.

Dum marŝad’ senkrajone plenumiĝas la poem’
frunte venis verkita vejne venis aliĝinta
glate glitis portalon tra steloj elfluigis
en tumulto sidera manĝis lumon sparkon trinkis
eklumis riskon sparkon komprenante pri estont'
restis tamen sen kompreno ĉi poem’ tiom kaŝita
meze al ebl' humiliĝita
manĝis malmanĝis plu
naturo tute sen dramo jen per eblo povas fini
          poem’ ravitecon flirte eĉ kaŝita ilumin'!