quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DESILUMINAÇÃO/ MALLUMIGO


Desista: desiluminar-se – uma impossibilidade absoluta! (Autor desconhecido)

dia desses deitei-me disponível
odor... indícios pra fazer amor...
em seus perfumes a parceira me chegava
disponível talvez
talvez indisponível
diante da verdade altares desvanecem
incensos se apagam, mas resta aquilo que é.
pra’ traduz finalidade,
mas ‘tradução’ é tudo o que não é!
a única finalidade da Vida é ser ela mesma.
assim. assim. assim!
acontece. não depende de mim
mesmo universendo-me
mesmo imerso em união
cada verso emana de si mesmo
sem Eu sem fazer sem nada não
e de amor entendo não!
e se tiver a tal Maiúscula
a Verdade mesma se impõe:

Amor – pura complicação!

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Forlasu: mallumigi, tio tute maleblas! (Aŭtoro nekonata)

iun tagon enlitiĝinte mi disponebla
iu flaro... indico por amofarado...
parfumita la partnera venado
disponebla eble
eble ne
antaŭ la Vero altaroj disfumiĝas
incensoj estingiĝas, sed restas
kio estas.
celon tradukas por 
sed traduko estas nur
kio ne estas!
la sola celo de Viv’ estas ĝi mem.
tiel. tiel. tiele!
okazo. sendepende de mi,
eĉ universiĝinte
eĉ unie mergiĝinte
el si mem emanas ĉiu verso
sen iu Mio sen iu faro sen io ajn
sen ia scio mia pri am’!
se majusklas iu liter’
sintrude mem jenas la Ver’:

komplike nuras la Am’!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ARISCO/ RUZETA



(Fuga de Bach - audível e 'visível'// Fugo de Bach - aŭdebla kaj 'videbla')

como uma fuga de Bach, o meu poema, saltitante,
mostra logo onde está:
menos perto que distante

         e logo que perto chego encontrá-lo quem garante?
         - chega pertinho, nego!
         e ele se vai, saltitante.

já te pego ali na esquina, te pego logo adiante!
e o brinquedo assim termina:
ele, inteiro... 
                   eu, ofegante!

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kvazaŭ fugo de Bach mia poem’ saltetas for,
montras kie ĝi staras:
malpli ĉi ol tie for

         dum mia tuja proksimig’, trovi ĝin... sen garanti’!
         - venu, venu, mia amik’!
         forire saltetas ĝi.

ĉe strat-angul’ tuŝos vin, vin prenos jam tie for!
venas l' ludet’ al l’ fin’:
ĝi viglas... 
                spiregas mia kor’!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

TRISTEZA DO JECA REVISITADA



tristeza
tristeza sem trégua
sem paradeiro sem rumo:
rico lavando a égua
pobre levando fumo


tristeza bicho escondido
de tocaia lá no fundo
tenho o coração ferido
e nem me chamo raimundo
mundo mundo vasto mundo
faz isso comigo não!

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terça-feira, 5 de novembro de 2013

FUGAZ/ EFEMERA


poema desce a escada
pé ante pé em silêncio
chega mansinho e se agrada
faz um barulho imenso

bate os pés na madeira
as sombras ouvem o ruído
o samba levanta a poeira
leva às ruas o alarido

mas pára e foge correndo
se o poeta desconcentra
e perde o fio da meada

fica às vezes se escondendo
entra, sai, de novo entra:
- a magia foi quebrada

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silente kaj pied'-pinte
malsupreniras poem’
el ŝtuparo alveninte
kun bruego en alven’

surligne piedo batas
ombroj brue aŭdatas
agiton la sambo staras
bruon portas al stratoj

sed haltas kaj kure fuĝas
se l’ poeto malkoncentre
tute perdas la fadenon

ĝi foje forire sin kaŝas
eniras, eliras, reeniras
- jam fiaskis la magio 

PONTAPÉ NAS MUSAS / PIED-FRAPO EN LA MUZOJ



cambaleante meio ferida
à beira da depressão
busca abrigo a Poesia

pontapé nas musas
sacudida no lirismo
no susto se esconde e cisma

sucessão de beijos e guerras
na violência cotidiária
edita nossa tragédia

o medo nos imprensa
nos apequena e domina
simula ser nossa sina

com tamanha competência
tudo parece imposto
compramos gato por lebre

se o doente tem febre
seria ela a inimiga?
seria o sintoma o mal?

chegue logo ao coração
- campo de refugiados -
nossa missão de resgate

a Poesia encolhida
sente frio mas conserva
nos olhos mistério e brilho

ou a consciência se expanda
ou se amplie a consciência
mas que venha o despertar

bocejo descrença enganos
- máscaras a nos iludir

mas que venha o despertar!

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stumbla duonvundita
apud la depresio
serĉas rifuĝon Poezio

piedfrape la muzojn
skuante la lirismon
timigita sinkaŝe skismas

sekvo de militoj kisoj
perforto nia ĉiutaga
eldonas nian tragedion

gazetara timo nin premas 
nin mokas nin regas
ŝajnigas esti nia sorto

kun tia kompetento
ĉio ŝajnas imposto
ĉion metas en unu poton

se la paciento febras
ĉu l' febro la malamiko?
ĉu l' simptom' la malbon'?

venu urĝe al la koro
- tendaro por rifuĝintoj -
misio por reakiro

Poezio ŝrumpas
malvarmiĝas sed konservas
okulbrilan misteron

aŭ nia konscio elvolvu
aŭ ekspansiu la konscio
sed venu nia vekiĝo

oscedo nekredem' malesto
trompigaj maskoj sur ni

sed venu nia vekiĝo!




sábado, 2 de novembro de 2013

NOVA VOJO

Kanzono el la albumo 'Abatejo' el la grupo 'Eternerime' trovita ĉe jutubo. Ĉu ĝi plaĉas al vi?


Uma canção do álbum 'Abatejo' do grupo 'Eternerime' encontrada no Youtube. Você gosta?