quinta-feira, 27 de julho de 2023

AMOR DE CAMA E MESA/ LITA KAJ TABLA AMO

 


AMOR DE CAMA E MESA

a poesia bote a mesa

a poesia brote à mesa

a proeza o bote a cama

a pureza brote a cama

a poesia firme acesa

a poesia afirme-a tesa

a princesa a teia a cama:

a amada ateia a chama

inflama cama e mesa

à chama conte

com tesãããããão

 

 

LITA KAJ TABLA AMO

poezio preparu tablon

poezio ĝermu ĉe tablo

heroeco boato lito

la pureco ĝermu ĉe lito

poezio firmu eklumiga

poezio asertu sin streĉa

princino teksaĵo lito:

amatino flamon ardigas

inflamigas liton tablon

al flamo rakontu

kun seks-arrrrdo

domingo, 2 de julho de 2023

AERODINÂMICA/ AER-DINAMIKO

 colorful splashes of paint, geometric, abstract art


AERODINÂMICA

menos grave meu viver

mais leveza na levada

faço o voo acontecer:

a Física desmascarada

o sonho a prevalecer

 

às leis da Física alheia

e alheia ao bom senso

de flor em flor a abelha

voa a vida no imenso

penso – e você?

 

minhas asas tão curtas

mesmo assim preservadas

elevam meu corpo-brasa

do fogo ao ar um pulo

surdo ao clamor insensato

na leveza venço escapulo.

 

AER-DINAMIKO

mia vivo malpli grava

pli malpeza vivado

ĉu malprobabla flugo?

Fiziko senmaskigata

estu revo mia ludo

 

al fizikaj leĝoj preteratento

same ankaŭ al bonsenco

de flor’ al flor’ abel' flugas

vive flugas sur senfin’

ho kaj mi kaj mi kaj mi?

 

eĉ per flugiloj kurtaj

certe tamen ne tondataj

leviĝas ĉi tiu flama korpo

el fajro al aer’ nur salto

surda al plendoj malsensataj

malpeza venko ĝis alto.


sábado, 1 de julho de 2023

EM VÓS, VOZ, CONFIO! JE VI, VOĈO, MI FIDAS!

 


na intemporalidade minha Vó sempre frisa:

aquilo a que me agarro desça como coriza

saia como catarro!

 

que camadas de orgulho e vaidade cortam o ar

fazem no peito barulho: saia já tanta coriza!

desça e flua esse catarro:

é preciso respirar!

 

aquilo que trago no peito ou que oculto no umbigo

pode trazer no disfarce o inimigo mais antigo?

ou ao mostrar sua face

é de fato meu amigo?

 

já não sei mais o que digo já não sei o que vai dentro

o que não falo ou falo – centro (onfalocentro?)

mas aqui no meu umbigo nem catarro nem coriza!

expectoro e bendigo:

venha o novo – ar ou brisa!

 

e a pele do que precisa nessa seca e nesse frio?

que eu escute essa coriza a que me agarro no vazio

venham ar e nova brisa:

eu preciso me encontrar!

 

sou meu Centro encoberto? nesse Centro me liberto?

na coragem vejo a Ponte, atravesso: Eu Sou a Fonte!

exploro então a Verdade e saio da ilusão

da separatividade!

(mas a Voz vem e me diz: se pensou estar desperto

volta lá e vai dormir! – Aquele que é o Liberto

Ele em ti seja feliz!


 *************


ekde sentempeco Avinjo ĉiam min diras:

tio kion mi alligas foriru kiel korizo

foriru kiel kataro!

 

tiu tavolo de orgojlo de vanteco aer-barila

ĉebruste krude ja bruas: foriru kruda korizo!

elire fluu tiu kataro:

bezonatas mi respiro!

 

ĉu tio ĉe mi ĉebruste tio umbilik-kaŝita

povas ĝi maske venigi l' plej antikvan malamikon?

ĉu pro vangovidigo

ŝajnas ĝi mia amiko?

 

ja ne scias kion diri ne scias pri mia penso

kion kaŝi kion diri – ĉu ene onfalocentre?

sed ĉi-tie umbilike nek kataro nek korizo!

katar-forpelo jen bondeziro:

venu nova aer’ zefiro!

 

la haŭto bezonas kion dum tiu sekeca glaci'?

al korizo mi aŭskultu la malplenon de tiu allig'

venu freŝa aer' nova briz':

bezonas mi trovi min!

 

ĉu mia kaŝita Centro ĉu ĝi liberigas min?

kuraĝe mi vidas Ponton: ĝian trair' Mi Estas Fonto!

esploras mi Veron por eliri el iluzi’

de ĉi tiu aparteco!

(sed Voĉo diras ĉe mi: se vin supozis vekiĝa 

al dormo revenu tuj! – Tiu vere Liberiga

Li en vi estu feliĉa!)