sábado, 1 de junho de 2013

AQUECIDA PALAVRA / VORTO HEJTITA


aquecida a palavra o poema reacende
a imagem, polida, já se retempera
o mental pouco apita: do sutil descende
o frescor da poesia instaura a primavera

não sei se fada safada ou duende
não sei se brisa se brasa ou quimera
não sei quem me usa quem musa se prende
nas cordas do verso nas bordas da esfera

se musa me usa já música escorre
os acordes pressinto, consinto e ofereço
o sedento sacio o faminto não morre

a musa me usa: achou o endereço?
o tempo não pára mas também não corre
- a poesia o eterno recria... e adormeço

(esperantigon ribele rifuzas kelkaj poemoj...)


vorto hejtita, poem' refajrita
la bild', polurita, jen ĝi jam hardita
elmense ioma opini': el la plej subtil'
la freŝo poezia printempon estigas

ne scias mi, ĉu petola fein' aŭ elfo
ne scis mi, ĉu ventet', ĉu braĝ’ aŭ ĥimer'
ne scias mi, ĉu min uzas krampa muz’
en kordoj de l' vers' en eĝoj de l' sfer'

se uzo de muzo muziko elverŝas
kaptitaj akordoj, konsento, propono
soifanto satiga malsatul’ ne mortas

la muz’ uzas min: trovita l'adres'
tempo ne ĉesas sed ankaŭ ne kuras
- Eternon inventas Poezi': ekdormas mi



2 Comentários:

Às 1 de junho de 2013 às 19:17 , Blogger Nazaré Laroca disse...

"A musa me usa", e o Poeta abusa...
Mão dupla no reino da palavra poética, na roda do eterno retorno (como queria Nietzsche).

 
Às 1 de junho de 2013 às 21:08 , Blogger PaPos Nascentes: Paulo P Nascentes disse...

Gratíssimo, Nazaré. Do teu íntimo de poeta o retorno da simpática apreciação.

 

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