PaPos Nascentes - poéticos, psicoterapia, mentoria

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

OBRA / VERKO


na dobra o poema
se desdobra
e recobra o tema
(essa lua macabra!)

comovidos,
o diabo
e o conhaque!

ébrio e obeso
o poema
sem equilíbrio
sem louvor
ao sistema:
borracha no lombo
manifestante!
no tombo
o verso de pé
quebrado
mantém a espinha
ereta e decreta:

com e sem rima
o poema não foge
(nem sai de cima)
à luta, o poeta
veraz um filho teu
mesmo de luto
sustenta a alma
inquieta.



falde la poemo
malfaldiĝas
kaj reprenas la temon
(ĉi luno makabra!)

kortuŝaj,
la diablo
kaj la konjako!

ebria kaj obeza
la poemo
malekvilibra
senlaŭde
al sistemo:
bastonfrape
sur la dorso
manifestante!
en sia falo
verspiedo
rompatas
vertebrar' tenata 
erekte dekretas:

kun kaj sen rim'
la poemo nek fiku
nek fuĝu, jen krim'
al lukto la poeto
verema ĉiu filo
eĉ funebre
l' animon tenas
en malkvieto.

6 comentários:

  1. Como a Irene de Bandeira, a Poesia não precisa pedir licença para ir à luta. De verso em riste, também sabe ela desfraldar a bandeira da liberdade.

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    1. Poesia arde mais que bomba de gás lacrimogêneo, pelo efeito moral de acionar o direito universal à liberdade de manifestação: pela palavra e pela imagem po(r)ética.
      Grato, poeta Nazaré Laroca.

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  2. Brave kaj brile, jen viaj poemoj...
    :D

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  3. Perfekta respegulado de ribelemo per fortaj, energiaj versoj. Gratulon!

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    1. Dankon, kara Paulo. Tamen, rilate al mia esperanta versio, mi dubas kaj ege volus lerni de vi aliajn pli bonajn solvojn kaj opciojn, certe de vi preferatajn. Se vi volos sindoneme montri viajn alternativojn, pedagogicele, mi ege antaudankas vin. Brakume, PN

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