domingo, 29 de abril de 2018

ESFINGE/ SFINKSO

Resultado de imagem para esfinge desenho


esta folha em branco me encara: “Sou a Esfinge!”
não digo ser poeta e nada imploro
não nego ser poeta – isso não se finge
ataca a Esfinge: “ou me decifra ou te devoro”.

ladeira acima o poema-pedra não atinge
o alto da colina, mas não me apavoro
recomeço com novo som que liberto da laringe
o novo som traz nova imagem – o que comemoro

de novo me leio em busca da sequência
infinitas possibilidades dormem no poema
mergulho no inconsciente – não venha a mão vazia

o poema pede pouco, mas exige coerência:
vida e obra não se percam no dilema
seja a vida poética – e o poema, poesia!


Resultado de imagem para esfinge de gizé

ĉi blanka papero min defias: “Mi, la Sfinkso!”
silento pri l’ kondiĉo de poeto, nenion mi petegas
nei tion mi ne povas – ŝajnigo ja maleblas 
Sfinkso instige: “deĉifru min aŭ mi voros vin.”

dekliv’supren la ŝton’-poemo ne atingas
la pinton de l’ monteto: tio ne timegas min
revene per nova son’ - kiun mi liberas el laringo
nova son’ novan imagon portas, kion celebras mi

ree min mi legas serĉe trafan sekvon
senfinaj ebloj dormas en poemo
en nekonscion mi dronas – ne venu man’ sen io

poemo malmulte petas, sed postulas koheron:
viv’ kaj verk’ ne perdiĝu en dilemo
estu vivo poezia – kaj la poem’, poezio!

0 Comentários:

Postar um comentário

Komentarioj bonvenas. Comentários sobre poemas são bem vindos.

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial