TORTA/ TORDA
TORTA
na secura do gesto pedinte
mendiga árvore semimorta
a gota que lave a paisagem
torta
súplica certa no cerrado corta
o coração fere de morte
a sequidão da horta do horto
se mais a água se furta
e não se achega no prazo curto
o galho mais torto mais e mais entorta
no meio do surto o milagre à porta
no sereno orvalho o broto brota
com pouco se farta sede tão forte?
se certo se errado o cerrado sorrindo
suga o brilho incerto de cada pingo
e encomenda a torta!
veio chuva farta: a vida se esbalda
e põe roupa de domingo
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TORDA
sekece de gesto petanta
almozas arbo duonmorta
kie la guto pejzaĝon lavonta
torde tordan?
petego savane la koron
tranĉas kaj vundas morte
la sekon de legomejo korta
se plue akvo forfuĝas
ne alvenante dum tempo kurta
la branĉo plej torda fariĝas plu torda
Lavangomeze miraklo ĉepordas
serene rose burĝone burĝonas
per kiom satas soifego tro forta?
ĉu certe aŭ erare jen savana rideto
suĉas la brilon al necerta guteto
la torton mendante!
pro pluvo abunda vivo festegas
orname dimanĉas
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