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DESENCANTO
original de Manuel Bandeira
Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
— Eu faço versos como quem morre.
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DESENCANTO
à moda de Manuel Bandeira
faço poemas como quem cora
tão desatento ao desencanto
pecha do livre que nos devora
sois emotivo e duro e pranto
poema range ruge o dente
retesa o espaço em morse vão
mas morse é morte (ninguém entende)
e quem entende não fala não
e este poema de angu na boca
assim quisera estar de porre
cantar mais livre a verdade toda
- mas faço versos como quem corre…
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SENILUZIIĜO
simile al Manuel Bandeira (*)
honte mi poeziumas
malzorgata seniluzi’
misvoras libero misa
trosentemon ploron umas mi
roras kaj grincas tiu poemo
spaco streĉa (nur vana kodo)
mortanta kodo nur morsa kodo
komprenemulo silenta emo
tiu surbuŝa kaĉ' el farun'
ĉu emas poemo al ebri'?
tutan plenveron ni kantu plu
- kuro-simila poezi'…
(*) Manuel Bandeira (1886-1968) estas brazila poeto de modernismo iel romantisma. La originalan poemon oni konsideras metapoemo, tio estas, poemo celanta priskribi la proceson mem de beletra kreado.
3 comentários:
Um poema forte como a morte...
Parabéns por arrancar o coração pelo bisturi da Poesia.
Mi ŝatas liajn verkojn, malgraŭ malplaĉi poemojn.
Nur vi, poeto, povas tiel bele parafrazi poemon el Manuel Bandeira! Gratulon!
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