ao percorrer o céu da tua pele
eu quero
a volúpia incandescente das lentas lavas
ao deslizar as vertentes do teu dorso
eu quero
a lascívia lenta e lassa de sol-posto
o escalar a colina dos teus cones
quero
a sinfonia calma − oco das grutas −
ao percutir o agogô macio dessa bunda
eu quero
mas sobretudo
a fúria de mil lobos
uivando em descontrole em teu regaço
eu quero
o calor borbulhado de altos-fornos
derretendo o aço dos gestos de equilíbrio
eu quero
o furor trepidante das borrascas incontidas
do teu ser inteiro
eu quero
e novamente
a lentidão dos astros
quero
a volúpia incandescente das lentas lavas
quero
a lascívia lenta e lassa de sol-posto
quero
a sinfonia calma a calma sintonia
do teu ser inteiro
quero
e quero
− e quero!
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