a língua mostra a cara: não mostra o quanto esconde
o quanto ela mascara nem o quanto ela responde
a língua é maquiagem e camufla o pensamento
às vezes diz que é aragem quando sopra forte o vento
de neutra ela não tem nada: a língua a gente insufla
e quando se dá por achada é quando muito mais camufla
a língua de cabeça fria apronta cada maldade:
veste linda a ideologia como se fosse a verdade
na poesia ela encanta: canção melodia arpejo
se encontra outra no beijo a vida mesma se encanta
expande a chama o ardor sobe tudo se levanta
já tens amada o vigor do meu amor ereto
o beijo dela responde: logo logo te aquieto!
e a língua me invade a alma e nos acolhe na calma!
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