Paulo Nascentes
Poema se mente ou não mente é ente, antes sêmen que somente seminário do mesmo e do vário. Semeia no ovário do nada. Do calvário ao desvario varia a fala da louca poesia. O poema, louco, aceita e nega que de médico poeta e louco quem de nós não tem um pouco? Só louco!
Livro de poemas, outra história. Desce a deusa do olimpo e suja as mãos de diva no divisível, no numerário, na despesa, no fragmentário da dívida e da dúvida. Publica? Não publica? Faz-se tímida ou pública e notória? Nas manhas do negócio, tantas vezes tão simplória, sorriso amarelo, vestidinho de chita. Quando não lacinho nas trancinhas sob o chapéu de palha.
Mas um dia, mais livre, o livro. E aí é um deus-me-livre! Cada palavrão falando grego: prefácio, ficha catalográfica, prolegômenos, posfácio e facsímile. Isso gasta o latim! Enfim, pra concluir, por onde ir na tal temática o poeta, que em matemática nunca foi bom? Achou então que a boa temática seria dar voz à própria poesia para falar de si mesma. E veio a idéia: metapoesia. Mas isso é música antiga. Pois então, música arcana.
Nasce assim este objetivo. Este fim, esta meta. META: POESIA EM MUSICARCANA.
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