PaPos Nascentes - poéticos, psicoterapia, mentoria

Powered By Blogger

domingo, novembro 29, 2015

RELEITURA / RELEGADO




condensada,
a Luz Maior Eu Sou
na luz menor que estou,
o manchado vidro
que me contém
seja por mim polido
e mais ninguém

meu darma interpretar
pra meu drama evaporar
no calor de tudo quanto lido


Resultado de imagem para Luz Maior

kondensata,
la Supera Lum' Ego Sum
tra la eta lum' (mi nun),
la makula vitrujo
min tenanta
polurata estu
nur de mi - neniu plu

jen mia darma interpreto
jen mia drama elvaporiĝo
tra l' varmo de ĉio vivlegite

terça-feira, novembro 24, 2015

ERA GLACIAL / GLACIA EPOKO

Resultado de imagem para ERA GLACIAL arte


ERA GLACIAL

Jovens na maturidade, fogosos no sexo, apaixonados na cumplicidade, Brederodes e Herzegovina juntaram as escovas, sonhos e projetos. Belo casamento - a voz geral. Daí pro celibato morno, a mesmice fria e a rotina confortável, um pulo. É amor ou amizade? Merece reflexão.


Resultado de imagem para ERA GLACIAL arte


GLACIA PERIODO


Maturece junaj, sekse varmegaj, kamaradece pasiaj, Brederodes kaj Herzegovina kunigis dentobrosojn, revojn kaj projektojn. Bela paro, laŭ ĝenerala voĉo. El tio al varmeta gefraŭleco, malvarma ripetado, komforta rutino, nur salteto. Ĉu amo, ĉu amikeco? Pripensindaĵo.

terça-feira, novembro 17, 2015

SOPRO-CENTELHA / SPARK-BLOVO

Resultado de imagem para sopro sol e lua

SOPRO E CENTELHA

Sopro criador animus anima,
vida repartida unidade multicor
luz amor clareia ilumina ensina
por que flertam treva e desamor
brandindo bíblias malcompreendidas
repetidas consumidas vomitadas?
que violência nos anima?
que sociedade oprime
seu lado anima e subestima
a luta heroica da mulher
pela dignidade negada, mas legítima?

Sopro criador, reaquece-nos o coração!
não deixe que tantos levem ao pódio
iletrado e estúpido de parcela da nação 
a mediocridade burra o congelante ódio
a intolerância ao diferente - esse antipático 
a revelar a mente de videota midiático
avesso aos livros ao pensamento à reflexão.

Sopro criador, recria em nós as veredas
da fraternidade esquecida do acolhimento
caloroso a quem não pensa 
nem sequer suspeita
que não pensa e assim desvaloriza e desrespeita o outro 
seu semelhante por mais diferente
que seja seu estar-no-mundo 
suas crenças:
faz a diferença não negar as diferenças
e ao valorizá-las... não se fazer indiferente!

********

BLOVO KAJ SPARKO

Resultado de imagem para sopro sol e lua

Blovo kreiva, animus kaj anima:
plurdividata vivo, buntkolora unuo,
lumo kaj amo, nin lumigu kaj instruu:
ĉu flirtantaj malamo kaj mallumo?
miskomprenata biblio ĉu svingata
ripetita, konsumita, ĉu vomata?
kiu perforto nin animas?
kiu societo ja nin premas?
l’ anima flanko ĉu subestimata?
kie la heroa lukto virina
por dignec’ neata, sed legitima?

Blovo kreiva, nian koron revarmigu!
ne lasu iri al stulta malklera podio
al ĝi ne iru parto de nacio, 
stulta mez-boneco malam’ frostiga,
maltoleremo al malsamul’ - tiu malsimpatia -
riveliĝas tia mens’: video-idioto, gazetar-kaptito,
abomeno al libro, penso, reflektiĝo.

Blovo kreiva, en ni vojetojn restarigu
de frateco (foje forgesita), de varma akcepto
al kiuj ne pensas, eĉ ne scias,
ke ne pensas, jenas malvaloro malrespekto
al aliulo, ĉu simila, ĉu tiom malsimila
laŭ sur-mond’estado aŭ kredoj iaj:
ne neado de diferencoj - jen la diferenco:
per ĝia valorigo, ne iĝi indiferenta!

domingo, novembro 08, 2015

NO RESTAURANTE / RESTAŬRACIE

Image result for gravuras poesia

luz                                        lumo
virou                                     fariĝis
poesia                                   poezio
escondida                              kaŝita
nesta                                    ĉi
aldravia                                 aldravie


PROFISSIONALISMO
De um lado pro outro. Só de olho no meu prato. Findo o almoço, o garçom, gentil competência. “Algo mais?” “Da vida, sempre mais!”, pensei.


PROFECIECO
Tien kaj reen. Nur gvate mian pladon. Tagmanĝo finita, la kelnero, ĝentila kompetento. “Ĉu ion plu?” “El vivo, ĉiam plu”, mi pensis.

quinta-feira, novembro 05, 2015

ALDRAVIA

O que é aldravia?

Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa forma nova demonstra uma via de saída para a poesia – aldravia. O Poema é constituído numa linométrica de até 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração. 

Fonte: http://www.jornalaldrava.com.br/pag_sbpa.htm




Kio estas "aldravia"?

Temas pri sinteza poemo, kapabla inversigi ordinarajn ideojn pri tio ke poezio troviĝas en senelirejo. Tiu nova formo evidentigas elireblon por poezio – "aldravia". La poemo konsistas el metriklinio de ĝis 06 (ses) versovortoj. Tiu limo de 06 vortoj estas aleatora, sed zorgema pri la produktado de poemo, kiu sintezu signifon per minimumo da vortoj, laŭ la pounda spirito de poezio, sen ke tio signifu troan penon por ĝia ellaboro. 

Fonto: http://www.jornalaldrava.com.br/pag_sbpa.htm



Resultado de imagem para terceira dimensão



1.

marasmo?

fico

esperto:

rasgo

o

verbo

*******

1.

ĉu

marasmo?

jen

mia

krio

sagacas

************

2.


terceira                                               
dimensão                                           
ilusão                                                   
derretida                                            
renascido
coração

********* 

2.

tria
dimensio
fandita
iluzio
koro 
renaskiĝinta

segunda-feira, novembro 02, 2015

CIKLO / CICLO

Resultado de imagem para ciclo da árvore

arbo estonte
farbo
estonte karbo
neniel
barbo
ĉu iam
bardo?
- estonte birdo
arben
reven'

kaj mi?
marmora memoro
ĝarden'!
*************

árvore um dia
tinta
um dia carvão
barba?
isso não
algum dia
bardo?
- um dia passarinho
regresso ao ninho
árvore enfim

quanto a mim?
marmórea memória
jardim!

terça-feira, outubro 27, 2015

PÉROLAS / PERLOJ

Resultado de imagem para pérolas

PÉROLAS


deu pra atirar pérolas
aos blogues: livro de poesia,
só pros cobras!
tinha uma voz que insistia:
- deixa disso, não se cobra!

moral: neste blogue mando eu,
haverá quem revogue?
lanço pérolas aos tortos
sendo aquilo que publico
ostra que não se mostra:

- nessa onda onde fico?

*****************


PERLOJ


ekĵetadis li perlojn

al blogoj: poemlibro,

afero nur de klerul’!

eta voĉo insistanta:

- lasu tiun, ja ne gravas!


moralo: ĉi blogon kontrolu mi,

nuligi tion ĉu eblas?

al tordoj perlojn mi ĵetas

estas mia publikigo

ostro ie sin kaŝanta:


- kaj mi mem kie kuŝanta?

domingo, outubro 04, 2015

CASTIGO / PUNO

Resultado de imagem para poeta


1.       CASTIGO

Mandados maternos nada carinhosos, por vezes cobertos de pancada, atingiam-lhe zangados o peito e a autoestima. Não faça arte, menino! Vai já pro quarto ou apanha! Engolindo o choro e sapos, ia se enfurnar assustado no reino encantado das Palavras Embaralhadas. Deu no que deu. Ficou tímido e poeta.


2.       CITAÇÃO: BUARQUE, Chico. Op. cit.

Anos mais tarde, cabelos brancos, insones, desalinhados, trocava sorrateiros lençóis e cama quentinhos pela ‘bic’ vagabunda e cantinhos de papel. Deu no que deu. Recordava mandados maternos mordazes e marrentos a se enfurnarem no canto tíbio dos sonetos. Bêbado de sono e sonhos adiados, largava sobre a mesa solidária rabiscos atrevidos, atravessados, poemas e contos. Alguns de enrubescer vigário. Eu faço samba e amor até mais tarde. E tenho muito sono de manhã (Hollanda, 2015) – reconheceria, obediente às normas bibliográficas da ABNT.

3.       SONHO ACORDADO

Por essas e por outras deu pra colecionar palavras. Era preciso domar aquele caos. Fazer alguma coisa. Ordem alfabética, ajuda pouca, confundia mais. Estado de dicionário, sim, mas gotas precisas de algum mistério fossem acrescentadas. Diluir com saber e dinamizar com paciência a substância vivida: do gr. poíesis “ação de fazer alguma coisa”, pelo lat. poese e sufixo -ia. Pouco esclarecedor. Perseguiria por poemas vários a poesia. Unidade, indivisibilidade, imaterialidade, não-manifestação. Mas, reconhecível pelos iniciados. Além deste, outro sonho: a glória de ser citado. Referências segundo as normas da ABNT! Nem dormia direito. E desembestava a “fazer alguma coisa”. Quando poema, nossa! Se algum dia, poesia... Nossa!  

***********************
1.       PUNO

Patrinaj ordonoj neniel karesemaj, foje kovritaj je frapado, lin trafadis furiozajn la bruston kaj memestimon. Ne artumu, knabo! Iru tuj viaĉambren aŭ vi suferos baton! Englutante la ploron kaj bufojn, sin kaŝadis timigita en la raviga regno de la Malordigitaj Vortoj. Rezultis en tio, kio rezultis. Fariĝis timida kaj poeto.


2.       CITAĴO: BUARQUE, Chico. Op. cit.

Jaroj poste, sendormaj, malordigitaj, blankaj haroj, li forlasadis kaŝemajn, varmetajn litkovrilojn kaj liton por aĉa klob-krajono kaj papereroj. Rezultis en tio, kio rezultis. Memoris li pri kaŭstikaj tropotencaj patrinaj ordonoj sin kaŝiĝante en la senfervorajn angulojn de sonetoj. Ebria pro la prokrastitaj dormo kaj revoj, li sur la solidara tablo forlasis bravajn pikvortaĵon, poemojn kaj rakontojn. Kelkaj ruĝigantaj vikarion. "Mi faras sambon kaj amon ĝis pli frue. Kaj matene havas multan dormon." (Hollanda, 2015) – agnoskus li, observante la bibliografiajn normojn de ABNT (Brazila Asocio pri Teknikaj Normoj).


3.       REVO


Pro tiuj kaj aliaj li ekkolektis vortojn. Bezonatis bridi tiun ĥaoson. Fari ion. Alfabeta ordo, modesta helpo, plia konfuzo. Vortare, ja, sed ĝustaj gutoj de iu mistero aldoniĝu. Dilui per saĝo kaj vigligi per pacienco la travivitan substancon: de la gr. poíesis “ago fari ion”, tra lat. poese kaj sufikso -ia. Duonklarige. Persekutus tra variaj poemoj la poezion. Unuo, nedividebleco, nematerieco, senmanifestacieco. Sed, rekonebla de iniciatitoj. Krom tio, alia revo: la gloro esti citata. Referencoj laŭ la normoj de ABNT! Eĉ misdormis. Kaj senbridadis “fari ion”. Kiam poemo, ho! Se iam, poezio... Ho! Ve!