havia o ventinho tímido
com medo até de ventar
a manhã alegre transpirava fragrâncias
os pássaros, sinfonias
começa incessante o vento a crescer
fica forte e sem vergonha
e sem vergonha e sem medo
e sem vergonha e atrevido
e sem vergonha e insolente:
o inofensivo ventinho tímido
transforma-se em turbulência
tufão terror tempestade
furacão ferocidade
segue intrépido e estrepitoso
quebra tudo que vê leva tudo que vê
com estrondo e confusão
vento safado! levantou a saia dela
só pra dar uma espiada, eta vento comilão!
comeu goiaba mamão comeu poeira e espirrou
será que o vento é alérgico?
nossa que vento forte fez voar o barracão!
será que ele está zangado?
como venta veloz o vento
quando o vento quer ventar
solta vento pelas ventas
parece dragão sem fogo
querendo o fogo soprar!
ufa! até que acalmou ficou
sereno sossegado ficou manso
ficou suado de tanto correr
vento até parece gente:
se zanga e quebra o que vê
e xinga e arrebenta tudo
mas sossega de repente
vento parece gente?
timida venteto ekis
timema eĉ ventad'
gaja maten' parfumon transpiris
tiuj birdoj, simfoniojn
senĉese ekkreskas vento
iĝas forta senhonta
senhonta kaj sentima
senhonta kaj trokuraĝa
senhonta kaj aroganta:
la sendanĝera ventet' timida
iĝas tiam turbulad'
uragan' terur' tempest'
feroca furio
iras sentima bruema
rompas forportas ĉion
kun granda brua konfuzo
ruza vento vento ruza!
nur por elrigardeto
levis ĝi ŝian jupon
kia vento manĝegema!
manĝis gujavon papajberon
manĝis polvon kaj ternis
ĉu eble alergia? nu kia forta vento!
igis domaĉon forflugi!
ĉu koleretiĝis ĝi?
rapidege ventas vento
kiam vento volas venti
naz-true delasas venton
simile al senfajra drako
kun vol' pri fajrablovad'!
finfine ĝi kvietiĝis
sereniĝis mildiĝis
pro tiom kuri ŝvitis
vento eĉ ŝajnas homo:
furioze rompas ĉion
ĉion insultas diskrevigas
sed subite kvietiĝas
ja vento ĉu ŝajnas homo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pripoeziaj komentarioj bonvenas. Comentários sobre poemas são bem vindos.