NA GARGANTA/ GORĜE
tarde triste! ânimo fugaz!
ao escrever,
anoitecia:
a tarde cinza
se fez fotografia fria
não tirada
ainda assim esmaecida
como instantâneo da vida
sempre por um triz
evento
momentâneo ainda assim
imenso precioso feliz
ser feliz é saber um dia morrerei
nos outros todos não
no máximo o ir e vir da deusa solidão
falsa irmã
gêmea da apatia!
"Iam ni mortos, sed en ĉiuj aliaj tagoj, ne!" (Mário S. Cortella)
hodiaŭ hezitis verki mi
trista vespero! forfuĝa anim’!
verkinte, noktiĝis:
la griza vesper’ glacia foto iĝis
perdita fotografio tamen pala
kiel ekfoto de vivo
ĉiam lastmomenta evento
grandega tamen rara kara plaĉa
feliĉi estas scii, ke iam mortos mi
en la ceteraj ne
maksimume ia soleco - tiu diino
falsa ĝemel-fratino de apatio!
2 Comentários:
Kia melankolia poemo belega! Poetoj neniam mortos, ili vivas poezie! 🥰
Chiu homo sentas malghojon en momentoj de sia vivo. Nur Poeto pritraktas ghin tiel.
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