❤️
A vida em mim nasce e morre
numa constante corrida:
não sei se sou eu quem corre
enquanto em mim corre a vida.
Não sei se sou eu quem morre
em cada pessoa morrida,
não sei que líquido escorre
e me nutre – água da vida?
Não sei que partícula dança
quando, luz, me fiz criança
e entrei no tempo e no espaço.
Não sei que onda me leva,
se sou luz mesmo na treva
quando, esperança, renasço.
***********
Naskiĝas kaj mortas vivo
dum ĉi konstanta kurado:
ĉu mi kuras mi ne scias
dum kuras ja mia vivo.
Ĉu estas mi kiu mortas
tra ĉiu homo mortanta,
ĉu tiu likv' skuanta
min nutras – akvo de viv'
Ĉu iu partiklo dancas
kiam, lum', mi infaniĝis
tempo-spacon enirinte.
Kiu ond' irigas min?
tiu lum' eĉ dum mallum'
espero renaskiĝinta?
Quanta beleza, verdade, pureza de água-vida, de água-viva, poesia de viver, de ser, de viver e permanecer!
ResponderExcluirGratidão por essas gotas de luz!
Anna-Luiza
ResponderExcluirGrato/ dankon!
ResponderExcluirKia mirindaĵo! Gratulon, kara Poeto!
ResponderExcluirVia poemo enhavas tiom da lumo, tiom da homeco, ke mi eĉ ne sukcesas gin komenti!
Que beleza de sonetilho, Paulo. Vejo na imagem a fluidez dos nossos riachos serranos: humildes quando despontam nos mananciais; valentes ao descer os montes, em cachoeiras que não temem as pedras, mas que se espraiam entre margens barrentas nos ribeirões... até o encontro do oceano, quando tudo vira nuvem, sopro que fecunda as nascentes... Nascentes, aliás, feito você, caro poeta.
ResponderExcluir