sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

CICLO/ CIKLO

 ❤️

a vida em mim nasce morre
numa constante corrida
não sei se sou eu quem corre
enquanto em mim corre a vida

não sei se sou eu quem morre
em cada pessoa morrida
não sei que líquido escorre
e me nutre – água da vida?

não sei que partícula dança
quando luz me fiz criança
entrei no tempo e no espaço

não sei que onda me leva
se sou luz mesmo na treva
quando esperança renasço

***********

Naskiĝas kaj mortas vivo
dum ĉi konstanta kurado:
ĉu mi kuras mi ne scias
dum kuras ja mia vivo.
Ĉu estas mi kiu mortas
tra ĉiu homo mortanta,
ĉu tiu likv' skuanta
min nutras – akvo de viv'
Ĉu iu partiklo dancas
kiam, lum', mi infaniĝis
tempo-spacon enirinte.
Kiu ond' irigas min?
tiu lum' eĉ dum mallum'
espero renaskiĝinta?

5 Comentários:

Às 14 de março de 2021 às 16:20 , Blogger Unknown disse...

Quanta beleza, verdade, pureza de água-vida, de água-viva, poesia de viver, de ser, de viver e permanecer!
Gratidão por essas gotas de luz!

 
Às 14 de março de 2021 às 16:21 , Blogger Unknown disse...

Anna-Luiza

 
Às 14 de março de 2021 às 16:52 , Blogger PaPos Nascentes: Paulo P Nascentes disse...

Grato/ dankon!

 
Às 14 de março de 2021 às 21:22 , Blogger Nazaré Laroca disse...

Kia mirindaĵo! Gratulon, kara Poeto!
Via poemo enhavas tiom da lumo, tiom da homeco, ke mi eĉ ne sukcesas gin komenti!

 
Às 15 de março de 2021 às 20:08 , Blogger JOSE LEITE DE OLIVEIRA JUNIOR disse...

Que beleza de sonetilho, Paulo. Vejo na imagem a fluidez dos nossos riachos serranos: humildes quando despontam nos mananciais; valentes ao descer os montes, em cachoeiras que não temem as pedras, mas que se espraiam entre margens barrentas nos ribeirões... até o encontro do oceano, quando tudo vira nuvem, sopro que fecunda as nascentes... Nascentes, aliás, feito você, caro poeta.

 

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