domingo, 25 de novembro de 2012

DUFLUGILE

Poesia é algum atrevimento, transgressão cultural, língua retorcida na expressão do belo. Bom-mocismo ela desconhece, tira ouro do nariz, como o Drummond diz.

Primeiro em Esperanto me veio o poema abaixo. Só depois vestiu-se de brasileiro, a doce língua do português herdada, e então a mim se revelou. Parteiro um pouco, poeta assiste o petiz. Que gracinha!, suspira feliz.

Vai daí, o amigo Adonis visita o bebê e, nele inspirado, produz o terceiro da série. Eis:


Duflugile


Mem fragil'
venas subtile
se forgesata
Leĝo universala.

Fulmintuicion
validas racio,
flugas bildaro
kaj ni simile:
         paro jen unuo
         duflugile! (P. N.)



************************** 
Com duas asas

Fragilidade
me traz sinal
se esquecida
a Lei universal.

Zás! a intuição!

e a razão após.
Voam curiós
e nós? igual:
          par - a unidade 
          em asa dupla! (P. N.)

***********************
Duflugile
                 (Adonis Saliba)

Fragilec´
signalas
en forgesa ec´
Ĝi universalas

Fulm! Intuicien!
kaj kialo posta,
birdar´ foresta
kaj ni? Same:
           Pare - unuope
           Flugilduope!


1 Comentários:

Às 25 de novembro de 2012 às 14:48 , Blogger Blogdopaulo disse...

Bela poemo! Kaj bele esperantigita! "par, a unidade em asa dupla" estas akra verso! Gratulon! Via poezio estas densa kaj pensiga.

 

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