TRILHA
Segue a mesma trilha de animal
ferido agonizante
eu pessoal ferido: separado
esquecido sempre indo adiante
atado ao tempo apartado vacilante
supondo-se mortal e condenado
sigo essa trilha gasta dos
costumes
dos truques aprendidos ataques
defendidos
fendidos cascos dos caminhos
rudes
eu pessoal que se supõe caçado
inacabada construção com seus
tapumes
cansado de fugir e de atacar cansado
sem horizonte esqueceu-se
vertical
linha de luz que vai da terra ao
céue reverbera no céu de volta à terra
supõe ter um começo e um final
esquece que a vida só lhe
aconteceu
na ilusão de errante – e então
erra
sem caminho a cumprir meta a
alcançar
deixa de ver o orvalho flores e
cristais
esquece a travessia segue sem
parar
em meio à abundância sente-se
mendigo
2 Comentários:
Muito lindo!
Parabéns.
Esse eu entendi... Ufa!
Abraços
Adonis
Alguém entendeu... Ufa!
Então me explica!
Cometo poemas pra entender a vida,
mistério que entrededos flui!
Poesia explicada só complica,
e, por falta de competência, aviso:
fui!!!
[Grato pelo gentil comentário, Adonis!]
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