quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

FIQUE PRECAVIDO

Te procuro. Totalmente em vão. Com pidadinhas você zomba de mim. Simplesmente não se interessa por mim ou minhas coisas. Parecendo papagaio aloprado você me imita e reproduz cada coisa que digo. Quem diabos é você? Depois de vã procura, porém, ontem vi uma prova insofismável sobre quem você é. A verdade finalmente compreendi, por essa pena de asa dançando no meu prato de sopa: de fato, meu papagaio suicida. Quando, brincando, disse que queria me matar, de modo algum poderia supor que você, meu querido papagaio, depois da costumeira, esperada repetição, iria cumprir minha (ou já era sua) ameaçadora macabra comédia.

Moral: Nunca faça piada junto a um papagaio crédulo.
(Paulo Nascentes)

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