domingo, 15 de agosto de 2010

TAMBÉM FINJO/ ANKAŬ MI ŜAJNIGAS

Paulo Nascentes

Enquanto me escrevo me destruo partes indizíveis
reconstruo aquelas em segredo
que porque não digo escancaro e criptografo
num mesmo movimento.

Um pouco antes, ágrafo. Durante e então, enxurrada.
Logo depois, liberto escravo...

Escravo do que escrevo, liberto do que oprimia,
desperto e agora me atrevo
a não dizer o que escondia...
**********
Dum mi min priverkas nedireblaĵojn detruas  
kaŝe rekonstruas 
kiujn, ĉar mi ne diras, malfermegas kriptografe
en nura sama movo.

Iom antaŭe, neniu grafio. Dŭme kaj tiam, torenta akvo.
Tuj poste, liberigita sklavo...

Sklavo de mia verkaĵo, libera de kio min premis,
vekiĝinta mi nun aŭdacas
ne diri tion, kiun kaŝadis...

0 Comentários:

Postar um comentário

Komentarioj bonvenas. Comentários sobre poemas são bem vindos.

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial