ZUMBIDO SOLITÁRIO/ SOLECA ZUMADO
nos ouvidos metálicos da noite
mosquito solitário... zoom zoom
amplia sentimentos remenda sonhos cruciais
o poeta recompõe zoom zoom
enfileira mistérios milênios os chips
dos cérebros recém-conectados
na simultaneidade dos falsos tempos
sucessivos – imprecisos vastos
arrastam-se reptilianos milênios
curvos e instantâneos
alinham-se límbicos séculos
lambendo crias e amadas nuas
amontoam-se infantis alminhas
rodeando o ventre em chamas
escalando neocórtex minutos
oferecem-se poemas ritmos incensos:
o tempo se contrai zoom vibra mais denso
ouço o brilho dos relâmpagos
dos lampejos baços
vejo o som zoom vindo-indo-vindo:
diminuo consciência mergulho zoom
... e
(re)nasço
volto a ouvir o zumbido metálico
dos mosquitos solitários da noite
a
esperança: um dia despertar!
**********
en la metalaj oreloj
de l’ nokto
soleca kulo ...
zum-zumadas
ampleksigas sentojn,
flikajn sonĝojn
la poeto zume zumadojn
rekomponas
envicigas misterojn
jarmilojn - ico
de cerboj ĵus
konektataj
al falsotempa
samtempeco
sinsekva – malprecize
vasta
sintrenas kurbe reptiliaj
tujaj jarmiloj
aliniiĝas limbaj
jarcentoj
lekante idojn, nudajn
amatajn
amaso da infanaj etaj
animoj
ĉirkaŭe de flamardaj
ventoj
grimpas neokortike
minutojn
sinoferas poemoj
ritmoj incensoj:
tempo malvastiĝante
zumas
plidense vibras
aŭdas mi la
fulmobrilon
de l’ palaj ekbriloj
vidas tien reen la
zuman sonon:
bremsas mi konsciencon
zumedrone
... kaj (re)naskiĝas
reaŭdas mi la metalan
zumadon
de solecaj kuloj
noktaj
la espero: iam fine vekiĝi!
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