domingo, 9 de outubro de 2016

ZUMBIDO SOLITÁRIO/ SOLECA ZUMADO


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nos ouvidos metálicos da noite
mosquito solitário... zoom zoom
amplia sentimentos remenda sonhos cruciais

o poeta recompõe zoom zoom
enfileira mistérios milênios os chips
dos cérebros recém-conectados
na simultaneidade dos falsos tempos
sucessivos – imprecisos vastos

arrastam-se reptilianos milênios
curvos e instantâneos
alinham-se límbicos séculos
lambendo crias e amadas nuas

amontoam-se infantis alminhas
rodeando o ventre em chamas
escalando neocórtex minutos

oferecem-se poemas ritmos incensos:
o tempo se contrai zoom vibra mais denso
ouço o brilho dos relâmpagos
dos lampejos baços
vejo o som zoom vindo-indo-vindo:
diminuo consciência mergulho zoom
                ... e (re)nasço

volto a ouvir o zumbido metálico
dos mosquitos solitários da noite
                a esperança: um dia despertar!
**********

 Resultado de imagem para parto leboyer ou nascimento sem violência

en la metalaj oreloj de l’ nokto
soleca kulo ... zum-zumadas
ampleksigas sentojn, flikajn sonĝojn

la poeto zume zumadojn rekomponas
envicigas misterojn jarmilojn - ico
de cerboj ĵus konektataj
al falsotempa samtempeco
sinsekva – malprecize vasta

sintrenas kurbe reptiliaj
tujaj jarmiloj
aliniiĝas limbaj jarcentoj
lekante idojn, nudajn amatajn

amaso da infanaj etaj animoj
ĉirkaŭe de flamardaj ventoj
grimpas neokortike minutojn

sinoferas poemoj ritmoj incensoj:
tempo malvastiĝante zumas
plidense vibras
aŭdas mi la fulmobrilon
de l’ palaj ekbriloj
vidas tien reen la zuman sonon:
bremsas mi konsciencon zumedrone
                ... kaj (re)naskiĝas

reaŭdas mi la metalan zumadon
de solecaj kuloj noktaj
                la espero: iam fine vekiĝi!

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